segunda-feira, 8 de abril de 2013

A atual apostasia antecede a volta visível de Jesus

"Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho do inferno" (2 Ts 2.3).


O mundo em decadência espiritual

O "mistério da iniqüidade" está operando há muito tempo. O apóstolo Paulo já escreveu: "Com efeito, o mistério da iniqüidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém..." (2 Ts 2.7). Como todos os outros sinais dos tempos finais lançam suas sombras diante de si, também a apostasia e a rebelião dos últimos dias já se fazem sentir. Desde os tempos dos apóstolos "o mistério da iniqüidade" está em ação, e desde então ele tem se ampliado cada vez mais. Mas ele somente se revelará de maneira completa no "Dia do Senhor", depois do arrebatamento.

Nosso mundo se encontra em processo de decadência. Encontramo-nos numa derrocada sem precedentes tanto dos valores cristãos quanto na política e na moral. O Dr. Ed Hindson escreve:  

O vazio espiritual do nosso tempo está sendo substituído pelas trevas do mal. Não somos mais uma sociedade essencialmente cristã. Os símbolos e as coisas exteriores permanecem, mas o coração e a alma do cristianismo são substituídos pelo esforço secular de viver uma vida sem Deus. Fica cada vez mais claro que muitas pessoas que vivem em nossos dias procuram no lugar errado o sentido e o alvo de suas vidas.

Alexander Soljenitzyn fez a seguinte observação a respeito: "Os poderes do mal iniciaram sua ofensiva decisiva."

Atualmente a palavra "secularização" está em voga. Mas, no fundo, trata-se de uma palavra moderna para descrever a apostasia. Ela se refere ao que é "profano" ou "mundano", em oposição ao "espiritual". Em Israel, por exemplo, o avanço da secularização acompanha os crescentes clamores por paz. Com base na Palavra Profética, sabemos para onde levará esse caminho.

No momento, praticamente todos os países da Europa são governados por partidos socialistas, que transformam e moldam a sociedade. Vivemos numa situação política semelhante à da época anterior a Hitler. Barreiras legais são derrubadas. Bebês inocentes podem ser abortados, uniões homossexuais são toleradas e até equiparadas ao matrimônio na partilha de heranças, para fins de seguro, em casos de adoção e pensões. Até já é possível comprar bonecas "Barbie" representando casais de namorados do mesmo sexo. 

Por outro lado, a defesa de princípios cristãos é rejeitada por completo. Crentes com fundamento bíblico são cada vez mais excluídos e isolados, sendo comparados com fundamentalistas islâmicos e igualados aos membros de seitas anti-bíblicas. 

Assim, o nosso mundo é levado ao engano da injustiça e conduzido ao homem da iniqüidade (1 Tm 4.1; 2 Tm 3.13).

Mas também no nível eclesiástico observa-se uma decadência teológica e ética sem igual há alguns anos na Europa. Nos púlpitos e cátedras são defendidas idéias totalmente contrárias à Bíblia e aos princípios dos reformadores. Joga-se fora atualmente de maneira leviana aquilo que no passado foi conquistado com muita luta e pago com o próprio sangue. São anunciadas novas "concepções de Deus", mas a Criação e a inspiração divina das Sagradas Escrituras são negadas. Os Mandamentos são menosprezados e as mais diferentes religiões são misturadas. 

A divindade e a pessoa de Jesus Cristo como Salvador exclusivo são claramente questionadas (1 Jo 4.1-4). Como sofrem os pastores e membros fiéis de muitas denominações, que realmente crêem na Bíblia! Quando eles tiverem sido arrebatados, a apostasia total tomará conta dessas instituições.

A séria advertência da Palavra de Deus em 1 João 5.19 e 21: "Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno... Filhinhos, guardai-vos dos ídolos...", praticamente não é mais levada em conta. 

Martim Lutero disse certa vez que a igreja pode degenerar e se tornar uma instituição satânica quando não vive mais segundo os padrões bíblicos (Ap 17). Foi exatamente o que Paulo disse ao ensinar sobre a apostasia, sobre o "homem da iniqüidade" (o anticristo), cujo aparecimento será segundo a eficácia de Satanás (2 Ts 2.3,9). 

Se a apostasia já chegou a esse ponto hoje, principalmente na Europa, estamos certos quando pregamos que o Dia do Senhor está às portas e que, portanto, o arrebatamento não vai se fazer esperar por muito tempo. Além disso, o clamor da Igreja de Jesus espalhada por todo o mundo se torna cada vez mais forte: "O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem!" (Ap 22.17).

Um alerta sério nos tempos finais

Sempre que os apóstolos falam dos tempos do fim, eles alertam seriamente a Igreja, pois no seu meio existem aqueles que ainda não se entregaram totalmente ao Senhor. E a própria Igreja é exortada a não deixar-se seduzir e enganar nesse tempo.

1. Alerta em relação a falsos mestres

Lemos em 2 Pedro 2.1: "Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição" (veja também Romanos 16.18). Trata-se de mestres que ocupam seu espaço dentro da Igreja de Jesus e que dizem ser servos do Evangelho. W. 

A. Criswell descreve essas pessoas assim:

É um homem elegante, simpático, de bom nível cultural, que afirma ser um amigo de Cristo. Ele prega do púlpito, escreve livros e publica artigos em revistas cristãs, atacando o cristianismo de dentro. Ele faz da igreja e das instituições de ensino lugares onde as aves de rapina se aninham. Ele leveda o pão com a doutrina dos saduceus.

Devemos observar que o Novo Testamento distingue entre comprados e salvos. Todos são comprados, mas nem todos são salvos. Salvos são somente aqueles que aceitaram a Jesus como seu Senhor e Salvador e que reinvindicaram para si o Seu sangue derramado na cruz. Essa verdade transparece em 1 João 2.18b,19-20: "...conhecemos que é a última hora... Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos. E vós possuís unção que vem do Santo e todos tendes conhecimento." 

A Epístola de Judas também diz que "no último tempo, haverá escarnecedores, andando segundo as suas ímpias paixões. São estes os que promovem divisões, sensuais, que não têm o Espírito" (Jd 18-19). Existem, portanto, nas igrejas locais, nas reuniões de cristãos, aqueles que agem como cristãos, que de alguma forma participam da vida da igreja, mas que não são cristãos verdadeiros. Esses vão apostatar e se desviar completamente: "Mas os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados" (2 Tm 3.13).

2. Alerta em relação ao engano e à sedução

Paulo exorta a igreja de Éfeso: "Ninguém vos engane com palavras vãs; porque, por estas coisas, vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Portanto, não sejais participantes com eles" (Ef 5.6-7; veja 2 Pe 3.17).) Também o apóstolo João alerta seus leitores: "Esta é a promessa que ele mesmo nos fez, a vida eterna. Isto que vos acabo de escrever é acerca dos que vos procuram enganar. Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós..." (1 Jo 2.25-27; veja 4.1-3).

Como cristãos, estamos em perigo de ser levados pela onda da secularização, de nos perdermos na onda da teologia liberal ou em um cristianismo parcial. O superficialismo não pára diante das portas de nossas igrejas. Por isso, sejamos guardas vigilantes, que zelam por si mesmos e pela Igreja!

3. Continuar anunciando o Evangelho

É importante discernir os espíritos, é importante entender bem as Escrituras, é importante tomar as devidas providências em relação ao engano à nossa volta, mas também é muito importante continuarmos a pregar o Evangelho com muito amor, pois ainda hoje Deus pode ganhar para Si pessoas rebeldes e de coração endurecido. 

Aos que divulgam o Evangelho de Jesus Cristo, seja como evangelistas, seja por meio de folhetos, ou através de seu testemunho, Paulo diz em 2 Timóteo 2.24-26: "Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente, disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade, mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade."
 
Talvez a leitura desta mensagem seja a oportunidade que o Senhor está lhe concedendo hoje para sair de um cristianismo superficial e chegar a uma conversão real a Jesus Cristo – antes que seja tarde demais! O que Deus falou a Abraão no passado vale para cada um de nós atualmente:  

"Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda na minha presença e sê perfeito" (Gn 17.1).  

Norbert Lieth

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pandemia e o Tempo do Fim

Parece que estamos dentro de um grande experimento comportamental em nível global.  A mídia produzindo diariamente terror psicológico c...