quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Sobre pastores que trocaram a Bíblia pela Psicologia

A Reforma do século dezesseis foi um divisor de águas na vida da igreja e também na história da humanidade.

A Reforma não foi uma inovação, mas uma restauração. Não foi a abertura de um novo caminho, mas uma volta às veredas antigas. Não foi a introdução de um novo evangelho, mas uma volta ao antigo evangelho.

A Reforma foi uma volta à doutrina dos apóstolos, um retorno ao Cristianismo puro e simples. As verdades enfatizadas na Reforma podem ser sintetizadas em cinco “solas”:
Sola Scriptura, Sola Fide, Sola Gratia, Solu Christu e Soli Deo Gloria.

Vamos destacar agora o Sola Scriptura, SOMENTE A ESCRITURA.

Jesus Cristo foi enfático em dizer que as Escrituras não podem falhar. Ele disse, também, que a Palavra de Deus é a verdade. Não há erros nas Escrituras. Não há contradição nos seus registros. 
Seus relatos não são mitológicos.

A Palavra de Deus é fiel e verdadeira e digna de inteira aceitação. Nem uma das palavras de Deus pode cair por terra. Nenhuma de suas promessas pode fracassar. Pode passar o céu e a terra, mas a Palavra de Deus não vai passar. Ela permanece para sempre. Suas profecias se cumpriram, estão se cumprindo e cumprir-se-ão à risca.  Deus conhece a história antes de ela acontecer.

O próprio Deus que inspirou as Escrituras é quem dirige os destinos da história. A doutrina da suficiência das Escrituras é um princípio fundamental da fé cristã. Dizer que as Escrituras são suficientes significa que a Bíblia é tudo de que precisamos para nos equipar para uma vida de fé e serviço.

Mas nos últimos 20 anos tem se multiplicado assustadoramente o número de pastores que abandonaram as Escrituras Sagradas e o aconselhamento bíblico em detrimento ao estudo da psicologia e da psicanálise.

Na verdade, boa parte dos líderes evangélicos acreditam ainda que inconscientemente, que a Palavra de Deus não é suficientemente capaz de sarar o coração ferido, sendo assim necessário a aplicação de técnicas terapêuticas bem como o auxílio de doutrinas psicológicas.

A psicologia está sendo propalada ao povo de Deus, com o propósito atroz de conduzir o crente ao descrédito na plena suficiência das Escrituras.

A psicologia é humanista por natureza. O Humanismo afirma o valor e a dignidade de todos os povos com base na capacidade de determinar certo e errado através das qualidades humanas universais, especialmente a racionalidade.

O Humanismo rejeita a fé que não se baseia na razão, mas se baseia no supernatural e na Bíblia. Portanto, a psicologia é a maneira do homem de tentar compreender e reparar o seu lado espiritual sem qualquer referência ou reconhecimento do espiritual.

A penetração no meio evangélico se destaca nas mais diversificadas formas: através dos púlpitos, com mensagens psicologizadas, e no aconselhamento "pastoral", onde a Bíblia é colocada em pé de igualdade com a psicologia. Hoje, creio que 90% dos livros de aconselhamento cristão são integracionistas, isto é, tentam conciliar Bíblia e psicologia.

Estamos diante de um problema gravíssimo e muitos se deixaram levar por esse engano maligno, outros não enxergam esse perigo.

Isto tudo demonstra que pastores e líderes estão procurando respostas para o problema humano e em particular de suas ovelhas, fora da Palavra de Deus. A revista Veja de 20 de setembro do ano 00 traz um artigo intitulado "A Bíblia no Divã", mostrando que é cada vez maior o número de pastores que têm procurado os cursos de formação rápida de psicanálise tentando conciliar Freud com o Senhor Jesus Cristo.

É triste ver que, no meio de pastores que são chamados de homens Deus, os mesmos O neguem através dessa busca tão funesta ao meio humanista que destrona o Soberano Deus. Essa busca mostra o quão desqualificados são para uma tarefa tão nobre que é o aconselhamento bíblico. A fonte do autêntico conselheiro bíblico é imensurável, rica, inesgotável, incomparável, insubstituível, imprescindível, inequívoca, indiscutível, infalível, etc. A Bíblia, a Santa Palavra de Deus. 

O pastor não pode ficar no campo da superficialidade, ou trocando a Bíblia por recursos desprovidos de Deus. A conseqüência inevitável é a digressão do rebanho com raquitismo espiritual gerando muita infidelidade a Deus.

Freud, em seu livro "O Futuro de uma Ilusão", deixa claro que as doutrinas cristãs não passavam de delírios da massa desamparada. Para o crente fundamentalista, que crê na suficiência das Escrituras, estas são a base de toda nossa fé e prática. Formam o conjunto de preceitos, normas e princípios que regem nossas vidas "Lâmpada para os meus pés é a tua Palavra, e luz para o meu caminho" Salmos 119:105.

A suficiência da Escritura está sob ataque hoje em dia e, infelizmente, esse ataque com muita frequência vem de nossas próprias igrejas. Técnicas administrativas seculares, métodos de atrair multidões, entretenimento, revelações extra-bíblicas, misticismo e aconselhamento psicológico declaram que a Bíblia e seus preceitos não são adequados para a vida cristã. Entretanto, Jesus disse: "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem" (João 10:27). Sua voz é tudo o que precisamos ouvir, e as Escrituras são a Sua voz, completa e absolutamente suficientes.

"Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado. E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus. Entretanto, expomos sabedoria entre os experimentados; não, porém, a sabedoria deste século, nem a dos poderosos desta época, que se reduzem a nada; mas falamos a sabedoria de Deus em mistério, outrora oculta, a qual Deus preordenou desde a eternidade para a nossa glória;…"

2 Coríntios 2: 1-6

A ovelha precisa de pastor e não de psicanalista.

*Vários autores.


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